O presente livro é o resultado das pesquisas realizadas em nível de mestrado e tem como objetivo mostrar como é possível interpretar a ligação, sistematicamente crucial, entre o fato da razão e o sentimento de respeito pela lei moral a partir da análise da figura do sentimento moral. Uma das ideias mais controversas entre os comentadores da ética kantiana é justamente saber que função pode desempenhar o sentimento moral, tendo em vista a pretensão de Kant de justificar um critério de avaliação moral baseado na ideia de validade intersubjetiva e universal. Como, então, pode a consciência moral ter influência na práxis e fazer com que o agente seja capaz de tomar interesse pelo agir moral, eis o tema desta investigação.
A Tradição da Liberdade - Tomo II é um contributo importante para compreender a diversidade que compõe o liberalismo, colocando o leitor em contacto com obras de referência de quatro autores europeus: os franceses Étienne de La Boétie (Discurso sobre a Servidão Voluntária) e Benjamin Constant (Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos), o alemão Wilhelm von Humboldt (Os Limites da Acção do Estado) e o escocês Adam Smith (Riqueza das Nações). À excepção de La Boétie, que viveu no século XVI, todos viveram e escreveram em finais do século XVIII, inícios do século XIX – a fervilhante era da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América (1776), da Revolução Francesa (1789) e do Iluminismo –, marcando de forma clara o pensamento da sua época e das seguintes. Um livro que, além de resumir quatro grandes obras do passado, mostra os muitos ensinamentos que elas têm para quem vive na Europa actual e acredita que o futuro passa por construir uma União Europeia ao serviço da liberdade, contra os retrocessos proteccionistas e as pulsões nacionalistas.
Persuasivo e humano para com a humanidade, este clássico da filosofia representa um dos mais significativos tratados de ética do século XIX. A Base da Moralidade oferece o exame mais completo de Schopenhauer de temas éticos tradicionais e articula uma forma descritiva de ética que contradiz as teorias prescritivas racionalmente baseadas. A partir de sua polêmica contra a ética do dever de Kant, Schopenhauer antecipa os críticos contemporâneos da filosofia moral. Argumentando que a compaixão forma a base da moralidade, ele esboça uma perspectiva sobre ética na qual paixão e desejo correspondem a diferentes personagens morais, comportamentos e visões de mundo. Em conclusão, Schopenhauer define sua metafísica da moral, empregando o idealismo transcendental de Kant para ilustrar tanto a interconectividade do ser quanto a afinidade de sua ética com o pensamento oriental. "Após considerações preliminares, em parte para mostrar a dificuldade do assunto, em parte para limpar o terreno (Parte I.), o tratado abre com uma crítica penetrante da Base Ética de Kant, do Princípio Principal de seu sistema e de suas formas derivadas. (Parte II, Capítulos I.-VI.) [4] A conclusão de Schopenhauer é que o Imperativo Categórico é uma teia muito habilmente tecida, mas na realidade nada mais que a velha base teológica disfarçada, sendo esta última o indispensável, embora invisível, prendedor de roupa para o primeiro; e que o tour de main de Kant de deduzir sua Teologia Moral da Ética é como inverter uma pirâmide. A teoria da Consciência é discutida a seguir (Capítulo VII). O elemento semi-sobrenatural que Kant introduziu sob a forma altamente dramática de um tribunal de justiça realizando uma sessão secreta no peito é examinado e eliminado; e Consciência é definida como o conhecimento que temos de nós mesmos por meio de nossos atos."
Intended for the reader with no prior knowledge of philosophy, Singer's book provides a broad survey of Hegel's ideas and an account of the main themes of his major works.
"That rare person who looked like Marlene Dietrich and wrote like Virginia Woolf," Clarice Lispector is one of the most popular but least understood of Latin American writers. Now, after years of research on three continents, drawing on previously unknown manuscripts and dozens of interviews, Benjamin Moser demonstrates how Lispector's development as a writer was directly connected to the story of her turbulent life. Born in the nightmarish landscape of post-World War I Ukraine, Clarice became, virtually from adolescence, a person whose beauty, genius, and eccentricity intrigued Brazil. Why This World tells how this precocious girl, through long exile abroad and difficult personal struggles, matured into a great writer. It also asserts, for the first time, the deep roots in the Jewish mystical tradition that make her the true heir to Kafka as well as the unlikely author of "perhaps the greatest spiritual autobiography of the twentieth century." From Chechelnik to Recife, from Naples and Berne to Washington and Rio de Janeiro, Why This World strips away the mythology surrounding this extraordinary figure and shows how Clarice Lispector transformed one woman's struggles into a universally resonant art.